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Homem pode ter matado psicologa em Sinop MT e ter simulado situação; aponta delegado do caso

O delegado Ugo Reck de Mendonça, que investiga o caso, disse que os exames iniciais mostraram que o tiro que ela levou com uma pistola de calibre 380 não foi feito com a arma encostada na cabeça dela.

Redação
Por: Redação Fonte: José Carlos Araújo com Informações de Folha Max
18/06/2025 às 07h41
Homem pode ter matado psicologa em Sinop MT e ter simulado situação; aponta delegado do caso
reprodução

 Polícia Civil de Sinop (500km de Cuiabá) descartou a hipótese de que a psicóloga Janaína Carla Portela Santin, de 43 anos, tenha cometido suicídio com um tiro na cabeça, na segunda-fiera (16). A prisão do suspeito foi convertida em preventiva (leia em kb2noticias).

 

O delegado Ugo Reck de Mendonça, que investiga o caso, disse que os exames iniciais mostraram que o tiro que ela levou com uma pistola de calibre 380 não foi feito com a arma encostada na cabeça dela.

 

O delegado acredita que o marido dela, que tem 44 anos, mexeu na cena do crime e também se feriu na perna para tentar enganar as investigações. O suspeito inicialmente disse que tinha tido uma discussão com Janaína, e que ela teria pegado a arma e atirou nele. Disse ainda que um tiro o atingiu na perna dele e que Janaína depois teria se matado.

 

APerícia Oficial e Identificação Técnica verificou que a versão dele tinha inconsistências. Os peritos analisaram a cena e notaram que não havia marcas de tiro indicando que alguém se matou encostando a arma na cabeça, o que é comum em suicídios, mas que não foi encontrado nesse caso.

 

O delegado acompanhou o exame de necropsia e reforçou que não havia sinais de que Janaína tenha tirado a própria vida Ele acredita que o marido alterou a cena do crime, mudou a posição do corpo e até atirou nele mesmo, simulando que Janaína fez os disparos. O ângulo do tiro na perna do suspeito também condiz com um disparo feito por ele mesmo.

 

"Acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado esses disparos, e acredito que ele mesmo efetuou o disparo na perna dele, que é compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro. A principal informação era descartar o tiro encostado, que é típico do suicídio, não tendo esses sinais de disparo encostado na cabeça, fica afastado da hipótese de suicídio", informou o delegado em entrevista à imprensa de Sinop.

 

A PJC continua investigando, mas já tem elementos suficientes para acusar o marido pela morte de Janaína. Ele está preso por suspeita de feminicídio e o delegado vai pedir a prisão preventiva. "Agora, foi feita a prisão em flagrante, encaminhado ao Ministério Público e Judiciário, outras diligências ainda serão efetuadas, mas eu acredito que já tem elemento suficiente para responsabilizar ele pela morte dessa mulher.

 

O principal mesmo era descartar a hipótese de tiro encostado, que é típico do suicídio. Não tendo esse tiro encostado, não tendo esses vestígios, não tem como sustentar a versão dele de que ela praticou suicídio. Ele está preso por suspeita de feminicídio.

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