A Polícia Civil de Goiás apreendeu a adolescente de 15 anos que atingiu um professor com golpe de canivete, em São Miguel do Araguaia, no norte goiano. Segundo a polícia, o professor foi ferido nas costas enquanto escrevia no quadro no Colégio Estadual Dom Bosco. Ela foi apreendida pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado na modalidade tentada, que aconteceu em ambiente escolar.

A Polícia Civil pediu a internação provisória da adolescente, e a Justiça aceitou. Ela foi encaminhada para a Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case), como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O g1 não localizou a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta matéria.

Segundo a Polícia Civil, a aluna saiu da sala de aula durante o intervalo e foi até o local em que o professor estava, o ferindo nas costas enquanto ele escrevia no quadro

A garota foi contida e desarmada por professores e alunos. O professor foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e, em seguida, liberado.

Logo depois, fez o registro da ocorrência na delegacia, onde prestou depoimento e disse que teve um desentendimento com a aluna no ano passado. De acordo com a Polícia Civil, a investigação apura o ato como lesão corporal.

Canivete pelo muro
A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO) esclareceu que, de acordo com a equipe gestora, rapidamente foram tomadas as medidas previstas, seguindo as orientações contidas no Protocolo de Segurança Escolar, implantado na rede estadual de ensino em 2019.

A unidade escolar utiliza um detector de metais na entrada dos alunos todos os dias. A Secretaria destacou ainda que a estudante colocou o canivete no muro, quando estava fora da unidade escolar, e o recuperou após entrar na unidade escolar e ter passado pelo detector de metais. A Seduc reforçou que o fato está sendo analisado para impedir que novas ações aconteçam.

O professor recebeu alto e uma equipe de psicólogos e assistentes sociais estão dando suporte aos servidores da unidade escolar e estudantes, de acordo com a Seduc.

A Superintendência de Segurança Escolar da Seduc direcionou uma equipe para acompanhar todo o processo na cidade e realizar reunião no colégio e conversar com as forças de segurança da cidade.